domingo, 24 de outubro de 2010

Atividade agrícola em sítio arqueológico de Rondônia pode chegar a 8.000 anos

O sítio arqueológico conhecido como Garbin não existe mais. Tragado pelas obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio (RO), em seu lugar ficará o vertedouro da barragem -- uma espécie de válvula de escape da usina.
Antes que o sítio sumisse, porém, arqueólogos desenterraram ali sedimentos e artefatos que podem indicar que a agricultura na Amazônia foi "inventada" há uns 7.700 anos -- uma das datas mais antigas do continente, e a mais velha do Brasil.
Arqueólogo Eduardo Bespalez mostra pedaço de cerâmica decorada que acaba de ser desenterrado na ilha do Japó

A pista de que a técnica foi dominada em época tão remota é indireta, mas forte. Trata-se da chamada terra preta, solo rico em matéria orgânica que, até onde se sabe, só surge com o acúmulo constante de dejetos de origem animal e vegetal, característico do uso intensivo desses recursos.
"Se não era agricultura propriamente dita, eles, no mínimo, estavam fazendo um manejo intenso dos recursos vegetais", diz o arqueólogo Renato Kipnis, sócio da empresa Scientia Consultoria Científica e um dos coordenadores do trabalho.
AO RESGATE
Kipnis e seus colegas andam zanzando para cima e para baixo da BR-364, perto de Porto Velho, desde 2008. Por lei, as compensações ligadas a uma usina do porte da de Santo Antônio, no rio Madeira, exigem o resgate de possíveis bens de interesse arqueológico que apareçam na construção. A empresa do arqueólogo venceu a licitação para fazer o serviço.
"Imagine só quando percebemos que os principais sítios estavam bem no canteiro da obra", brinca Ricardo Márcio Martins Alves, gerente de sustentabilidade da Santo Antônio Energia. "Mas logo conseguimos nos organizar para que o trabalho dos arqueólogos fosse feito."
A equipe da Scientia descobriu que, em paralelo com a rodovia moderna, corria uma hidrovia pré-histórica. A calha do Madeira na região está coalhada de sítios, que abrangem ambas as margens do rio e também as ilhas e pedrais (rochas de corredeiras) no meio do leito. Há gravuras rupestres, cerâmica decorada, artefatos de pedra e terra preta para dar e vender.
"O incomum é que no sítio Garbin havia terra preta associada a artefatos de pedra, e não a cerâmica", diz a arqueóloga gaúcha Silvana Zuse, que integra a equipe.
Vasculhar esses instrumentos em busca de restos vegetais microscópicos pode indicar o que, afinal, os moradores do Garbin cultivavam. A aposta mais óbvia: mandioca, a lavoura amazônica por excelência.
"É chato saber que vários sítios vão sumir. Mas, se não fosse pela obra, dificilmente teríamos tanta verba para trabalhar aqui", diz a geóloga Michelle Mayumi Tizuka.

Fonte: Folha.com

A História das Eleições, primeira parte

por Eric Klink A. Coelho


Eleições.
Nos últimos dias o Brasil vai passando por um acirramento da disputa eleitoral pelo Palácio do Planalto. Com contornos de disputa de final de campeonato de futebol, partidários e simpatizantes dos lados envolvidos discutem, acusam e atacam. Isso não é de hoje.
Escolher alguém para exercer um cargo ou função não é novidade. Ao longo da História, de diferentes formas (algumas até curiosas) o ser humano promoveu processos eleitorais. Ao longo deste e de mais dois artigos (que serão publicados ao longo desta semana), vamos ver como lascas de cerâmica se tornaram botões de um computador.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Arqueólogos encontram múmias em bairro comercial de Lima



Uma tumba com quatro múmias, da cultura Wari e que datam aproximadamente do ano 850 da Era Cristã, foi descoberta no coração de Lima, na pirâmide de adobe conhecida como Huaca Pucllana. O local fica no bairro comercial de Miraflores.

Fonte: UOL

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Arqueólogos descobrem porta de 5 mil anos na Suíça

Segundo especialistas, a porta era sólida e ajudaria a proteger dos ventos frios. Foto: AP

Arqueólogos de Zurique, na Suíça, descobriram uma porta de 5 mil anos e que pode ser a mais antiga já encontrada na Europa. Segundo os pesquisadores, o objeto é de madeira de álamo (choupo) e eles acreditam que ele tenha sido feito em 3.063 a.C.. As informações são da agência AP.

Os cientistas afirmam ainda que a porta pertencia a um tipo de colônia que ficava próxima a lagos e que se estabeleceu cerca de mil anos após a introdução da agricultura e pecuária na região. Outra porta encontrada pelos pesquisadores pode ser ainda mais velha - eles acreditam que ela date de 3.700 a.C. -, mas ainda vai passar por exames.

Fonte: Terra