quarta-feira, 22 de abril de 2020

Bibliografia de Jacques Le Goff



Jacques Le Goff (1924 – 2014) foi um historiador francês, especialista em Idade Média e integrante da terceira geração da Escola dos Annales.  Sua obra costuma ser uma importante referência para o estudo da Idade Média no que se refere à cultura e à mentalidade da sociedade neste período. Considerado um dos principais historiadores da “Nova História”, sua abordagem procura mostrar a Idade Média como um período dinâmico, ao contrário dos estudos tradicionais, que limitam-se apenas aos aspectos econômicos e militares.

Para aqueles que queiram conhecer melhor a obra do autor segue, abaixo, a lista de livros disponíveis em PDF para download e, mais abaixo, o link para o download das obras:

A bolsa e a vida | A civilização do ocidente medieval | A História Nova | As raízes medievais da Europa | Em busca da Idade Média | História e Memória | Mercadores e banqueiros da Idade Média | O Deus da Idade Média | O Homem Medieval | O nascimento do Purgatório | Os intelectuais na Idade Média | Para um novo conceito de Idade Média | Por amor às cidades | São Francisco de Assis | História. Novas abordagens | História. Novos objetos | História. Novos problemas | Dicionário temático do Ocidente Medieval | Uma história do corpo na Idade Média

Para fazer o download dos livros – clique aqui

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A abdicação de um papa


Notícia que pegou o mundo de surpresa, a abdicação do papa Bento XVI mostrou uma possibilidade que não acontecia há quase 600 anos: o papa, como monarca do Estado do Vaticano, também pode deixar o poder. Desde o Papa Gregório XII, que abdicou em 1416, todos os papas desde então mantiveram-se no cargo até o fim.

A lista dos papas papas que abdicaram é controversa: umas listam quatro (com Bento XVI), outros sete e até dez. Algumas relações apontam apenas Celestino V como o único papa a abdicar formalmente. Com uma História que está prestes a alcançar dois milênios, a História do papado encontra pontos obscuros e até mesmo contraditórios.
Dos papas que abdicaram, é interessante destacar os seguintes:
Ponciano
A primeira abdicação seria do papa Ponciano, em 235 d.C.. Exilado na Sardenha, ele percebeu que não poderia exercer a liderança da igreja e achou por bem abdicar.
Praticamente pelo mesmo motivo abdicou Silvério, em 537. Obrigado a se exilar na ilha de Palmaria pela Imperatriz Teodora, quando conseguiu retornar ao Vaticano, descobriu que a imperatriz já tinha colocado outro papa em seu lugar.
Celestino V
Em 1009, outro papa abdica, João XVIII, que deixou o cargo para viver como monge. Não se passaram nem 50 anos e mais um papa deixa a cátedra de São Pedro: Bento IX abdica para beneficiar seu padrinho, João Graciano. Entretanto, Bento IX voltou ao cargo dois anos depois.
Em 1234, abdica Celestino V. Considerado um mal administrador, chegou a indicar cardeais diferentes para o mesmo cargo. Foi forçado a abdicar e viver uma vida de reclusão. Alguns supõe que teria sido assassinado dois anos após deixar o cargo pelo seu próprio sucessor, mas não há provas conclusivas. Alguns veem como sinal da renúncia de Bento XVI a visita que ele fez ano passado à tumba de Celestino V.
Para estancar a crise gerada com o Cisma do Ocidente, quando a igreja teve um papa em Roma e outro em Avignon, na França, Gregório XII abdicou em 1415. Seu ato foi parte de uma negociação montada no Concílio de Constança para acabar com a crise que já vinha desde 1378.
A renúncia ao cargo de Bento XVI vai criar um conclave incomum: ao invés de escolher um papa após a morte do anterior, este que começará em meados de março escolherá o próximo com o anterior ainda vivo. E os vaticanistas se perguntam: em quanto Joseph Ratzinger, ex-papa (não sei se existe o termo) Bento XVI influenciará na escolha de seu sucessor?
Bento XVI


domingo, 25 de novembro de 2012

Nerdcast 336: Independência dos EUA

Clique aqui para acessar o podcast

Arqueológos acham túmulos de mais de 3.000 anos em vale do Paquistão


Arqueólogos italianos descobriram túmulos de mais de 3.000 anos no vale do Swat, no Paquistão, sugerindo que existiam ritos funerários complexos nesta região controlada pelos talibãs há alguns anos, informou o chefe do estudo nesta sexta-feira (23).

A missão arqueológica iniciou as escavações nos anos 1950 no sítio de Udegram, no Swat, uma região do noroeste do Paquistão - também conhecida como a "Suíça do Paquistão" devido aos seus vales verdes que também escondem tesouros de um passado budista.

Os arqueólogos, que sabiam da existência de uma necrópole pré-budista em Udegram, descobriram nesta região "cerca de 30 túmulos, reunidos e parcialmente entrelaçados uns sobre os outros", disse Luca Maria Olivieri, chefe da missão arqueológica italiana no Paquistão."O cemitério parece ter funcionado entre o fim do segundo milênio antes de Cristo e a primeira metade do primeiro milênio" da mesma era, acrescentou.

"Estes túmulos nos dizem muito acerca destas culturas antigas (...) que tinha ritos funerários complexos", com uma primeira etapa de decomposição dos corpos em um túmulo aberto, depois da qual os ossos eram queimados parcialmente e guardados em um túmulo fechado, antes que um montículo fosse erguido sobre ele, explicou Luca.
Até o momento, os arqueólogos não encontraram evidências de armas, apenas fragmentos de ferro, "que, talvez, são um dos rastros mais antigos deste metal no subcontinente" indiano, acrescentou Olivieri.
Esta região está repleta de sítios budistas, pouco visitados pelos turistas estrangeiros, e que são alvo dos insurgentes talibãs, hostis à herança desta religião. Os talibãs paquistaneses tomaram o controle do Swat entre 2007 e 2009, antes de serem derrubados por uma ofensiva do exército paquistanês.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Línguas europeias surgiram na Turquia há 9.000 anos, diz estudo

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA + SAÚDE"


A saga do mais importante grupo de línguas do mundo, com quase 3 bilhões de falantes nativos, começou há 9.000 anos, na atual Turquia, e está ligada às origens da agricultura.
Em última instância, portanto, seria graças à descoberta de como cultivar trigo e cevada que os brasileiros falam português e os americanos falam inglês.
A conclusão está em uma pesquisa publicada hoje na revista especializada "Science" e que almeja colocar um ponto final no debate sobre a origem das chamadas línguas indo-europeias.
A afirmação pode soar estranha à primeira vista, mas há boas razões para achar que esse grupo imenso de idiomas, que coloca no mesmo balaio o grego, o alemão, o russo e as principais línguas do Irã e da Índia, descende de um ancestral comum.
A prova disso é o vocabulário básico de todas elas --como as palavras usadas para designar parentes próximos, partes do corpo, numerais e os pronomes pessoais.
Apesar das diferenças, elas conservam um "núcleo" comum de som e significado, e as mudanças que ocorrem de um grupo de línguas para outro não são aleatórias: seguem "leis" estabelecidas.
Um exemplo é a transformação do "p" em "f" nas línguas germânicas, como o inglês. É por isso que "peixe" e "pé" viram "fish" e "foot" no idioma de Shakespeare.
O diabo era saber quando e como o ancestral dessas línguas todas começou sua carreira de sucesso.
A equipe de cientistas liderados por Quentin Atkinson, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveu responder à questão "emprestando" um método normalmente usado para estudar a evolução e propagação de vírus como o da gripe.
Grosso modo, o método compara as "letras" químicas do DNA de vários tipos de vírus para saber qual está mais próximo do ancestral comum de todos eles e, a partir disso, monta uma árvore genealógica dos parasitas usando estratégias sofisticadas de estatística.
A mesma coisa, raciocinaram Atkinson e companhia, pode valer para línguas -desde que, em vez de mutações no código genético, sejam avaliadas "mutações" no som das palavras.
Também foram incorporados elementos geográficos --com base na distribuição histórica e atual das línguas, o método calculava qual o trajeto de expansão mais provável para elas.
O resultado, em vários tipos de simulação, apontou a Turquia, há 9.000 anos, como o lugar e o tempo de origem do tronco indo-europeu. O método foi testado só para as línguas latinas, grupo do português, e deu indícios de ser confiável: mostrava o centro da Itália (onde está Roma, berço do latim) como fonte da nossa família de idiomas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

24 de agosto de... 79 d. C.


Era um dia tranquilo, festivo na agitada cidade de Pompeia quando o Monte Vesúvio acordou na manhã do dia 24 de agosto. Com um estrondo, a montanha partiu-se em duas, cobrindo a cidade com 2,60 metros de cinzas e escória. 

A última erupção tinha sido 900 anos antes, portanto ninguém se lembrava do perigo que representava o Vesúvio.
Entretanto, passada a explosão inicial, poucos  habitantes fugiram, A maioria refugiou-se dentro das casas.

O pior estava por vir. Duas horas depois, após gigantescas explosões, uma coluna de fumaça escura se levanta do vulcão, tapando a luz do sol e derramando sobre Pompéia e Herculano vapores mortais.

Ondas piroclásticas varreram toda a região.
Os que conseguiram fugir, retornaram nos dias seguintes e encontraram toda a cidade coberta por una camada de cinzas. Estimativas colocam o número de mortos entre 20 e 30 mil pessoas.
Nas escavações, os arqueólogos encontraram, preservados pelas cinzas vulcânicas, os "espaços vazios" deixados pelos corpos, consumidos pelo calor. Injetando gesso nesses espaços, eles nos mostraram o drama pelo qual passaram as vítimas dessa catástrofe.
Vale a pena assistir o documentário "Pompéia - O Último Dia", da BBC. Aqui no Youtube ele está dividido em cinco partes.






quarta-feira, 25 de julho de 2012

Arqueólogos encontram barca funerária da 1ª dinastia de faraós do Egito


Objeto era enterrado ao lado dos mortos para que eles pudessem usar na outra vida

Resquícios de um barco funerário feito de madeira, recém-descoberto
no complexo arqueológico Abu Rawash, a oeste do Cairo 
(AFP )
Uma equipe de arqueólogos encontrou no Egito uma barca funerária de madeira que pode ter ido usada durante a era do Faraó Den (também chamado de Udimu), na primeira dinastia, em torno do ano 3.000 a.C.
O ministro egípcio de Antiguidades, Mohammed Ibrahim, disse em comunicado que a barca está em bom estado e foi encontrada no sítio arqueológico de Abu Rawash, na província de Guiza, a oeste de Cairo.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Francês de Arqueologia Oriental escavava o local quando encontrou vestígios da barca. São 11 tábuas de madeira, cada uma com seis metros de comprimento e 1,5 m de largura. As peças eram colocadas ao lado dos túmulos para que os mortos pudessem utilizá-la em outra vida, disse Hussein Abdel Basir, do Museu Nacional da Civilização Egípcia.
As peças arqueológicas foram levadas para a restauração e, depois, serão expostas no Museu Nacional da Civilização Egípcia, na sala dedicada ao Rio Nilo.
Em fevereiro, arqueólogos iniciaram os trabalhos para extrair centenas de peças de madeira da segunda barca solar do mais poderoso dos faraós egípcios, Keops (2609-2584 a.C.), pertencente à IV dinastia faraônica.
(Fonte: Veja, com agência EFE)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Acrópole e outros sítios arqueológicos 'alugados' para publicidade na Grécia

A Grécia decidiu permitir que a publicidade utilize suas famosas ruínas e sítios arqueológicos, começando com a Acrópole, iniciativa considerada durante décadas um sacrilégio pelos arqueólogos.
Esta decisão, tomada em um momento em que a Grécia, hiperendividada, tenta encher os cofres públicos. O uso com fins comerciais dos sítios e antiguidades gregas era até agora competência exclusiva do Conselho Central de Arqueologia, muito exigente quanto à conservação do patrimônio.
Será que veremos em algum tempo famigeradas placas de publicidade sobre o antiquíssimo templo de Atena?

27 de janeiro de... 1763

Atualmente centro cultural, este prédio foi sede dos
governantes da capitania, dos vice-reis e paço imperial
A série de postagens "Hoje na História" vai trazer para você o que acontecia neste dia, em um ano qualquer da História.

Nascida em 1º de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro surgiu da necessidade de expulsar os franceses que haviam se instalado na região. Já a partir da metade do século XVII já era a maior cidade da colônia, com cerca de 30 mil habitantes.
Com as descobertas de minas de ouro no interior da colônia, a cidade passou a ser um dos principais portos de escoamento do minério. Isso levou o Marques de Pombal a transferir a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro em 27 de janeiro de 1763. O Rio de Janeiro passou a ser a capital do Vice-Reinado do Brasil.
Centro político e cultural do Brasil, permaneceu capital até 1960.

A Construção das Pirâmides

por Alexandre Taschetto de Castro

As pirâmides do Egito sempre foram alvo de espanto e admiração. Atualmente, aproximadamente oitenta pirâmides são conhecidas, sendo as maiores e mais bem preservadas localizadas em Gizé. Apesar de terem uma arquitetura relativamente simples, o seu tamanho impressionante alimentou o surgimento de uma série de teorias fantásticas sobre sua construção, envolvendo poderes mágicos, alienígenas e outras entidades misteriosas.

Uma das alegações por trás de todas estas especulações é a de que as grandes pirâmides são obras tão avançadas que nem a nossa engenharia moderna seria capaz de produzi-las. Outra idéia bastante difundida é a de que as dimensões das pirâmides esconderiam inúmeros conhecimentos que não estariam ao alcance das civilizações da época. Será?